quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Tô parando de escrever então vou publicar um bocado de coisas reprimidas nas gavetas na memória do telefone e afins

Os dias renascem carregados de memórias e esquecimentos febris.
Numa forma de resgatar velhos Abraços que o corpo desconhece, fumo.
Tenho ficado muito tempo só
trancafiado dentro dessa prisão que criei e cultivo como o circo das lagartas
em estado de descaso ou de pura miséria
passeando no limiar de uma corda no pescoço ou de um edifício grande que abraça a cidade e pesa sobre meu corpo.

Tenho lido muito pouco
esboçado reações apáticas diante de atrocidades
vez ou outra ainda me surpreendo.

Tenho cultivado relações obsessivas por gente da cidade
-o que é raro-
e assim me afogo entre lapsos escassos de sedução e uma interminável e independente mutilação dos meus sentimentos. Apelo pra astrologia e pro misticismo em geral, e assim justifico fases, intitulo calvários.

Trânsito em câncer sol em escorpião
eu sinto muito, esse samba não é meu.

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